sábado, 23 de julho de 2016

 Personagens enigmáticos
João Rela: O Homem da Capa Preta
Por: Priscila Gorzoni



João Rela foi um dos moradores mais famosos da São Caetano da década de 1910.
Ele era um respeitável juiz de paz de dizem que a noite se transformava no Homem da Capa Preta, personagem que assustava as moças da cidade na calada da noite.
Apesar da fama nenhuma prova mais concreta foi apresentada constatando de que ele realmente era o Homem da Capa Preta e atacava as pessoas.  
João Rela nasceu em Itatiba, São Paulo, em 16 de setembro de 1889. Filho de Giácomo e Antonieta Rela. Veio para o ABCD na década de 10. Foi o chefe da estação de Campo Grande e em 1971, mudou-se para São Caetano, como chefe da estação. Aqui montou a primeira padaria.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

Fonte:


terça-feira, 19 de julho de 2016

Série Os pesquisadores do ABCD
Suzana Kleeb, Historiadora, Museóloga e Doutoranda em Planejamento e Gestão do Território pela Universidade Federal do ABC.
Por: Priscila Gorzoni




Priscila Gorzoni: Desde quando faz a pesquisa?

Suzana Kleeb: Faço pesquisa desde 1990. Até 2013 o foco estava na história, memória e patrimônio cultural de Santo André e região do ABC. Atualmente além dessa área, agreguei recentemente pesquisa em regiões interioranas de São Paulo e Bahia, com destaque para as relações entre sociabilidade e desenvolvimento em territórios interioranos.

Priscila Gorzoni: Porque iniciou a pesquisa deste tema?

Suzana Kleeb: Os temas associados a região do ABC e Santo André se iniciaram no momento  em que fui desenvolver estágio no Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa e a partir de então me encantei com o tema regional. Os temas associados à sociabilidade em territórios interioranos é mais recente, com o doutorado em curso.

Priscila Gorzoni: Como foi o inicio? Conte as dificuldades, surpresas e realizações.

Suzana Kleeb: O início de toda a atuação na área de pesquisa tem algo muito gostoso que é de enfrentar um assunto novo e desafiante. As dificuldades são inerentes a qualquer pesquisa: procurar fontes, conhecer pesquisas já realizadas etc. As surpresas  em especial quando se estuda um tema que àquela época era pouco estudado. Hoje há muitos estudos sobre história regional. Naquele época (começo da década de 1990) o estudo regional não era muito difundido.

Priscila Gorzoni: Como executa a pesquisa? Conte um passo a passo

Suzana Kleeb: Depende um pouco do tema. Como exemplo, uma pesquisa que se desenvolveu em setembro de 2013 e focalizou a área central de Santo André. Nesta, buscou-se entender a interação da paisagem com as pressões associadas às dinâmicas do território, observado durante um século - 1911 a 2011- e a partir das relações com a sociedade. Procurou-se observar como a transformação da paisagem é percebida por escritores e fotógrafos que registraram a área central de Santo André.

Para esta pesquisa desenvolvi:

1. revisão bibliográfica sobre o tema,

2. levantei fontes primárias - documentos, fotografias e textos literários - que se dedicaram ao assunto, 

3. consolidei todas as informações em quadros síntese,

4. criei mapas temáticos,

5. apresentei os resultados e as reflexões advindas desse material.

Priscila Gorzoni: Que metodologias usa para fazer essa pesquisa?

Suzana Kleeb: Depende do tipo de pesquisa. Posso me utilizar de pesquisas junto a fontes bibliográficas, documentais, orais...Posso realizar pesquisas de campo, organizar e analisar entrevistas, coletar informações etc., produzir textos analíticos e mapas temáticos. Tudo vai depender do tema e da extensão da pesquisa.

Priscila Gorzoni: Em que região ou regiões se concentram mais a sua pesquisa?

Suzana Kleeb: Minha pesquisa se concentrou até o ano de 2013 na região do ABC e em especial em Santo André. Hoje em dia analiso territórios interioranos e não metropolitanos da Bahia e de São Paulo. 

Priscila Gorzoni: Quais descobertas fez nas regiões por meio desta pesquisa? Detalhar.

Suzana Kleeb: Inúmeras. Desde compreender melhor as características geomorfológicas de nossa região, suas relações com as estruturais sociais, ambientais, econômicas  epolíticas do ABC com o Estado de São Paulo e Brasil; bem como compreender as histórias e memórias de suas gentes; fundamentais, aliás! 

Priscila Gorzoni: Conte algumas descobertas que fez sobre São Caetano?

Suzana Kleeb: Não faço pesquisas específicas sobre São Caetano do Sul. Mas, pessoalmente compreendi as relações da metrópole São Paulo com a vizinha cidade de São Caetano do Sul e como essas características impactam na realidade do ABC.

Priscila Gorzoni: Como é possível compreender uma cidade, sua geografia, história e cultura por meio de sua pesquisa? Expliquei como
Suzana Kleeb: A cidade é composta por diversos elementos que a compõe. Sua história, sua geografia, seus traços urbanos, econômicos e sociais. Mas, acima de tudo como nos disse Marc Bloch,
"...O objeto da história é por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais do que singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém a uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou as máquinas], por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar." Ofício do Historiador, p.54.
Quais dificuldades encontrou na pesquisa em São Caetano do Sul?

Como já lhe  disse  anteriormente, não desenvolvo pesquisas específicas sobre São Caetano do Sul. Mas, acredito que as dificuldades devam ser semelhantes: fontes nem sempre acessíveis, organizadas e conservadas com vistas a preservar a possibilidade de se realizar pesquisas nos diversos âmbitos do conhecimento. E isso não quer dizer que as instituições de memória não as conservam. Antes, observamos que geralmente as políticas culturais de conservação e difusão de documentos é frágil e pouco voltada para a manutenção da memória, o que dificulta sobremaneira a vida dos pesquisadores. E, por conseguinte, o entendimento das realidades locais e regional.

Priscila Gorzoni: Para quem deseja se iniciar nesta pesquisa o que indicaria?

Suzana Kleeb: Indicaria que é preciso acima de tudo gostar de difusão de conhecimentos. Pode parecer básico e óbvio, mas apenas o prazer em realizar pesquisas é que auxilia a que o pesquisador não desista ao primeiro desafio que encontra. Depois é preciso persistência e muito estudo; muita leitura não apenas sobre o seu assunto, mas sobre temas correlatos e aportes teóricos que embasam suas reflexões. Quando esses elementos são levados em consideração, pesquisas se tornam deliciosas e fascinantes.

Priscila Gorzoni: Suas conclusões finais.

Suzana Kleeb: Para finalizar gostaria de dizer que apesar de vivermos em uma sociedade que valoriza pouco a pesquisa e o conhecimento, sabemos que estes são básicos e fundamentais. É preciso que a sociedade e as políticas públicas estejam mais antenadas à importância de se conhecer, analisar limitações e possibilidades de avanços da sociedade, além de fomentar a inovação que pesquisas possibilitam e  garantir acesso ao conhecimento produzido.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




domingo, 17 de julho de 2016

A loira do cemitério
Por: Priscila Gorzoni






Até hoje Maria* se lembra da loira do cemitério que seu marido disse que havia visto a noite nas portas do cemitério.
O marido de Maria já morreu há alguns anos, mas antes disso ele contou com detalhes como foi a aparição da loira assustadora. “Ele me disse que ela era linda, toda arrumada, mas que todos caiam do cavalo quando se aproximavam. Os homens que a viam queria conhecê-la, iam atrás e quando chegavam perto ela se mostrava em forma de fantasma. Uma vez ele foi ver, mas não conseguiu, apenas avistou uma mulher bonita, loira caminhando na porta do cemitério à noite. Quando chegou perto ela desapareceu”, conta.
Segundo Maria isso aconteceu muitas vezes com os colegas e a lenda embora muito antiga desde 1939 sobreviveu até 1982. A lenda ficou tão famosa que muitos também a avistaram vagando pelo cemitério tanto que poucos casais na década de 80 se aventuravam nesses lados. “Quando os casais passavam em frente ao cemitério, os outros falavam cuidado com a loira, cuidado com a loira”, conta.
Nos Colégios Moura Branco, Silvia Romero e alguns outros de São Caetano durante as décadas de 70 a 80 uma das assombrações mais conhecidas e citadas é a loira do banheiro. “Diziam que se você entrasse sozinha dentro do banheiro viria o espírito da loira com a boca cheia de algodão, exatamente como morreu. Ninguém ia ao banheiro sozinha, só se estivesse acompanhada das colegas. Não se sabe o que aconteceu, mas diziam que essa loira tinha morrido dentro do banheiro e voltava para pedir socorro. Muitas colegas me disseram que a viram”, conta Nice*.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

terça-feira, 12 de julho de 2016

Quem consolidou o Núcleo Colonial de São Caetano
Por: Priscila Gorzoni



Você sabia que?
Um dos principais responsáveis pela consolidação do Núcleo Colonial de São Caetano foi Antônio da Silva Prado, político, grande fazendeiro e empresário? De 1878 a 1888, seu nome aparece diversas vezes envolvido em decisões para o Núcleo. Inclusive, foi ele, quem consumou o fim do trabalho escravo no Brasil por meio da lei de 13 de maio de 1888.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

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domingo, 10 de julho de 2016

A população do Núcleo Colonial em 1877
Por: Priscila Gorzoni 


Você sabia?
Em 1888 já havia no Núcleo Colonial (primeira formação de imigrantes vindos para São Caetano do Sul, em sua maioria italianos) mais de trezentas e catorze pessoas, 14 cavalos, 22 porcos, 68 bois, 9 vacas e 8 cabras. Parte desses animais eram utilizados como meio de transporte e a outra servia para enriquecer a alimentação. Com relação a agricultura registravam-se plantações de videiras, milho, feijão, mandioca, repolho, batata e árvores frutíferas.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

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sábado, 9 de julho de 2016

A primeira cadeia de São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni



A primeira cadeia da cidade surgiu perto da Matriz velha. Nela tinha a sala, a cela dos dois soldados e a sala administrativa. Antes da criação da cadeia, os soldados ficavam de plantão nas ruas.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

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quinta-feira, 7 de julho de 2016

O primeiro grupo escolar de São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni




 O primeiro Grupo Escolar de São Caetano do Sul surgiu em 1920 e se chamava Grupo escolar Senador Fláquer. Essa escola ainda existe no Bairro Fundação.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


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terça-feira, 5 de julho de 2016

As personalidades de São Caetano do Sul
Padre Venceslau Francisco Krokosz: Histórias do pároco da Igreja Ortodoxa Ucraniana de São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni


 


Os ucranianos chegaram ao Brasil em 1891. Entre os anos de 1922 e 1930, vários deles, vitimas da guerra contra os comunistas, foram assentados em São Paulo. Muitos escolheram São Caetano do Sul para viver. Foi por isso criada a Sociedade União Popular Ucraniana, que passou por várias mudanças de nome ao longo dos anos.

Entre 1946 e 1949, chegou ao país a última leva de 1,5 mil famílias ucranianas vindas dos campos de Deslocados da Segunda Guerra Mundial. Aqui eles se uniram aos membros da colônia já existente na cidade e formaram a Sociedade Ucraniana Unificada no Bairro da Fundação. A mudança do estatuto da entidade aconteceu em 1977. Ela foi necessária para que os membros brasileiros pudessem participar também.
           
Vários aspectos são importantes na cultura ucraniana, entre eles está a religião. Durante os primeiros anos de vida dos ucranianos em São Caetano do Sul, não existia uma igreja própria. Por isso, eles se reuniam em casa ou na Igreja Matriz do Bairro da Fundação. Atualmente existem duas Igrejas ucranianas em São Caetano. A Igreja Ortodoxa Autocéfala Ucraniana Paróquia São Valdomiro, que fica na Rua Dos Ucranianos, foi inaugurada no dia 11 de janeiro de 1953. A outra é a Igreja ortodoxa Autocéfala Ucraniana - Paróquia Proteção da Santíssima Virgem, que se localiza Rua Oriente, foi criada em 1951.
  
            Quem comanda por muito tempo as Paroquias São Valdomiro e a Paróquia da Santíssima Virgem foi o Padre Venceslau Francisco Krokosz, 46 anos, Gerente da Divisão de Transportes da Secretaria de Transportes e Trânsito de Guarulhos. Ele assumiu as duas comunidades ucranianas de São Caetano do Sul, em 2006. 





Krokosz nasceu em Ivaí, no interior do Paraná e permaneceu por lá até os 13 anos. Depois morou em vários lugares até chegar a São Caetano, onde mora atualmente. Em 1980 seguiu para o Seminário em Prudentópolis, no Paraná. Até 1996, período de seus estudos, residiu em Ivaí e Curitiba. De 1997 a 2005 morou em São Paulo, na Vila Bela e, a partir de 2006, mudou-se para São Caetano do Sul.

Padre Venceslau veio para São Paulo em 1997 com o intuito de estudar Licenciatura Plena em História e Filosofia Pela USP e Mestrado Latu Sensu na Área de Filosofia da Ciência pela PUC-SP, e atender a comunidade Ucraíno-católica no Bairro Vila Bela, em São Paulo, SP. Ele próprio nos conta sua trajetória de vida.

“Fui ordenado Sacerdote em 1996 na cidade de Ivaí, neste ano de 2014 completo 18 anos de sacerdócio. Sou de berço católico romano. Saí de casa aos 13 anos e fui estudar no Seminário São José em Prudentópolis no ano de 1980. Lá cursei o ensino médio e fundamental. Em seguida fiz 2 anos de Noviciado na cidade de Ivaí que é uma espécie de preparação dos candidatos para a vida sacerdotal. Cursei Teologia em Curitiba. Se levar em conta todos estudos desde o início em 1980 até a Ordenação, são 16 anos. Logo após a ordenação em 1997 fui designado pelo meu Bispo (Dom Efraim Krevei – in memória) para atender a comunidade Ucraíno católica em São Paulo onde permaneci como Vigário até o ano de 2005”, relata.

O chamado vocacional para o sacerdócio aconteceu na infância, por volta dos 7 anos, quando brincava de celebrar missas dentro de casa. Venceslau gostava de ensaiar suas missas do alto de uma grande pedra. “Aos 13 anos decidi, com apoio dos meus pais, seguir o caminho religioso. Foi em 2005 que decidi pedir afastamento da Igreja Católica Romana e passei a atender à Igreja católica ortodoxa ucraniana. O motivo principal para tomar tal decisão foi o de não aceitar a maneira que o celibato é apresentado na Igreja católica romana. Eu era rodeado de muita gente e ao mesmo tempo, quando me recolhia para o meu quarto me sentia um solitário. No momento em que constitui família, tudo mudou. Minha esposa se chama Zélia, temos 2 filhas e um filho: Manuela, Sofia e Igor com 8 anos, 3 anos e 2 meses, respectivamente. Hoje exerço o Ministério Sacerdotal, mas quando fecho as portas da Igreja tenho uma família maravilhosa que me apoia em todas as iniciativas. Sou um padre muito mais feliz que antes”, assegura.

Krokosz exerceu o sacerdócio por 9 anos na Igreja Católica Romana e agora já são 7 anos na Igreja Católica Ortodoxa. Mas explica que em relação ao trabalho pastoral não há diferença nas atividades. “O padre é vocacionado para levar a Boa Nova aos fiéis e atendê-los em suas necessidades. Pode-se dizer que a pedagogia religiosa é basicamente a mesma. O que difere são os ritos, alguns dogmas e principalmente em relação à  vida particular do padre, já que na igreja ortodoxa os padres são casados,” relata.
A rotina de Padre Venceslau não é fácil. Ele se levanta todos os dias às 3 horas, chega ao serviço às 4 horas e sai às 13 horas e 30 minutos. A tarde se dedica a atender a comunidade de São Caetano. Suas funções são variadas, faz das celebrações dos sacramentos até as visitas aos doentes nos hospitais.
Entre as dificuldades da Igreja Ortodoxa está nas gerações atuais, que nasceram no Brasil, terem problemas com o idioma e por isso às vezes relutarem em tomar parte nas celebrações e atividades. Para solucionar isso Krokosz realiza as celebrações em português. 
Durante as duas principais festas religiosas ucranianas a Páscoa e o Natal, a comunidade se reúne, em peso. Lembrando que os ortodoxos seguem o calendário Juliano e não o Gregoriano, portanto, o Natal é celebrado no dia 07 de janeiro. “Tenho vontade de começar um trabalho para atrair pessoas não descendentes de ucranianos para também participarem das celebrações”, explica.

A comunidade ucraniana de São Caetano é muito atuante. Apesar de pequena, ela possui um grupo de danças típicas e promove todos os anos seus encontros e celebrações. “A maioria é remanescente da II Guerra Mundial que após o seu término se encontrava na Alemanha e vieram para o Brasil. Temos uma média de 30 pessoas participando em cada comunidade. Entre eles alguns frequentadores com mais de 90 anos, como: Pedro Krivcun , Nadia Panczenko, Halyna Harkavenko, Catarina Kulaiew, Efrosina Kalinovicz”, finaliza. 

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni





Referências bibliográficas:

Caminhos da Fé: itinerário dos templos religiosos de São Caetano do Sul, Alexandre Toler Russo, Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, 2004.

*É jornalista, pesquisadora, cientista social, historiadora. Formada em jornalismo pela Universidade Metodista, com formação em ciências sociais pela universidade de São Paulo USP e Direito pela Universidade Mackenzie, tem especialização em Fundamentos e Artes pelo Instituto de Artes da UNESP de São Paulo e Mestre em história pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo PUC de São Paulo. É autora do livro Abre as portas para os Santos Reis da Editora Fundação Pró-Memória, Animais nas Batalhas pela editora Matrix e Os benzedores que benzem com as mãos da editora UCG.




segunda-feira, 4 de julho de 2016

As mulheres da cidade
Por: Priscila Gorzoni





Em 1910, não havia mulheres entre os operários da Fábrica de Formicida Paulista. Isso começa a mudar a partir de 1918, a Matarazzo computava 312 empregados e entre eles havia 38 mulheres. Elas faziam parte em sua maioria das fábricas de tecelagem e industrias têxtil, tanto que em 1912 dos 1775 operários existentes em sete estabelecimentos fabris 1340 eram mulheres, dados conseguidos pelo Departamento Estadual do Trabalho. Segundo Martins foi com a fábrica que as mulheres de São Caetano romperam com esse espaço privado e conquistaram o público.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


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sábado, 2 de julho de 2016

Os tropeiros do Tijucuçu
Por: Priscila Gorzoni



Eles não tinham dinheiro para comprar as terras dos beneditinos, por isso passaram a alugá-las. As pessoas que alugavam as terras formaram os bairros de São Caetano no século XVIII. Onde hoje estão os bairros: Barcelona, Santa Maria, Vila Palmares, Boa Vista, Nova Gerti, Mauá, Jardim São Caetano e São José.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


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sexta-feira, 1 de julho de 2016

A colônia judaica em São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni




Você sabia que?
A colônia judaica ocupou uma posição de destaque no desenvolvimento do comércio de São Caetano? O setor começou a absorver esse grupo já em meados dos anos de 1920. Normalmente os judeus se engajavam no comércio como mascates, vendendo seus produtos de porta em porta. Através dessa forma de comercializar, estabeleceram o sistema de venda à prestação.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


Imagem: Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul

A população do Núcleo Colonial em 1877 Por: Priscila Gorzoni  Você sabia? Em 1888 já havia no Núcleo Colonial (primeira formação de...