quinta-feira, 30 de junho de 2016

A fedópolis de São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni




O mau cheiro que era expelido pelo ribeirão dos Meninos, misturado com os gases das fábricas, rendeu a São Caetano do século XIX, o nome de Fedópolis.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

Fonte: 



quarta-feira, 29 de junho de 2016

Série personagens importantes de São Caetano do Sul
Uma musa na varreção de rua: Edinilza Pessoa de Souza, 28 anos, varredoura de rua
Por: Priscila Gorzoni


Muitas vezes as pessoas passam por eles como se fossem invisíveis, mas eles são fundamentais nas nossas cidades e suas histórias de vidas dariam livros.

Os varredores de rua são um dos personagens mais importantes da nossa cidade, sem a presença deles as ruas estariam sujas e não teríamos tanta mobilidade quanto temos.
Nesse post resolvi contar um pouco da história de uma dessas personagens fundamentais de São Caetano do Sul. Ela se chama Edinilza Pessoa de Souza, 28 anos e que está há 1 ano e meio no trabalho de varreção de rua.
Edinilza nasceu na Bahia e mora em São Paulo há 14 anos. Antes de trabalhar na limpeza da cidade ela ganhava a sobrevivência como doméstica. Mas hoje ela não troca mais a varreção de rua por trabalho algum, ela adora o que faz.
Edinilza conta que existem várias vantagens em seu trabalho atual um deles é que não existe uma cobrança direta, ela apenas tem uma meta a cumprir e dá conta dela. 
O setor de Edinilza começa em frente a delegacia, passa no Corpo de Bombeiros e vai até a Rua. Guido Aliberti. Depois é necessário limpar os cantinhos e por dentro das praças, prédios e calçadas. "Temos que limpar esses espaços todos os dias e como somos em 4 conseguimos, nos dividimos em 2. Eu inicio o trabalho às 7 horas e vou até a tarde. Os piores dias são em dias de muito calor, mas no inverno é bom", conta.
Edinilza conta que percebe o preconceito de alguns em relação ao seu trabalho, mas ignora. "Encontramos vários tipos de pessoas, as que nos ignoram e as que nos tratam bem e até nos ajudam. Mas eu não ligo e aprendo muito. A vida não é fácil, eu não esperava vir trabalhar aqui, mas é assim e todo emprego é digno. E eu aprendo muito com esse serviço", finaliza.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

A religião em São Caetano do Sul nos seus primeiros tempos
Por: Priscila Gorzoni





Nos primeiros anos de São Caetano, a comunidade era muito religiosa e o catolicismo era a religião predominante. 
Nas décadas de 20 surgiram várias associações religiosas entre elas a Legião de Maria e as Irmãs Clarissas. Algumas dessas associações existem até hoje e lutam para manter os seus legados de fé.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A vinda dos imigrantes italianos para o Tijucuçu
Por: Priscila Gorzoni





Você sabia que?
Os imigrantes italianos que vieram para São Caetano viajaram no vapor Europa, pertencente à companhia Florio & Rubattino. Os imigrantes mostraram descontentamento ao desembarcarem em São Caetano, pois imaginavam estarem em para Santa Catarina, onde tinham parentes. Durante os primeiros dias em São Caetano o clima se tornou tenso entre os colonos e as autoridades. A tensão era tanta, que alguns imigrantes foram enviados para Santa Catarina.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

domingo, 26 de junho de 2016

Como eram feitos os tijolos nas olarias do Tijucuçu 
Por: Priscila Gorzoni




O trabalho nas olarias não era leve. Ele consistia em várias funções. O caçambeiro ou carroceiro extraia o barro nas várzeas e o levava até as olarias. O pipeiro fazia a pipa (grande vasilha de madeira na qual se misturavam os diferentes tipos de barros) funcionar e abastecia o batedor para a modelagem do barro. O lançador untava com areia a forma onde o barro era moldado e assentava os tijolos frescos nas gambetas (locais onde os tijolos eram colocados para secar).

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Bairro Santa Paula nos primeiros anos
Por: Priscila Gorzoni



 No inicio dos anos 30, o bairro Santa Paula que se chamava Vila Paula era habitada por muitos lituanos, poloneses, húngaros, alemães e iugoslavos. Eles gostavam de cuidar do seu quintal, plantas e casa. Todas as casas da Vila Paula eram pintadas anualmente.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

terça-feira, 21 de junho de 2016

O futebol de várzea em São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni



 O nosso futebol não era apenas celebrado em grandes jogos mundiais, mas nas várzeas, fundos de quintais, clubes amadores e profissionais. Essa paixão ganhou força com a autonomia de 1948 e resultou no surgimento de mais de 30 times de várzea e profissionais. 

Imagem: http://maispinhais.com.br/wp-content/uploads/2012/04/varzea.jpg

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O primeiro professor primário
Por: Priscila Gorzoni



O primeiro professor primário da região foi o senhor Joaquim Ferreira Alembert, em 1883. A primeira sala de aula tinha 25 alunos italianos entre os 30 matriculados. Meninos e meninas estudavam em salas separadas. Após as aulas, as crianças iam trabalhar na lavoura. 


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Série Os personagens importantes de São Caetano do Sul
Alex Show: Um desenhista da vida
Por: Priscila Gorzoni






A primeira vez que vi o Alex, que se chama Alecxander Castilho Nobre, 38 anos, desenhista e imitador profissional foi em um dos jardins de São Caetano do Sul.

Ele estava sentado sozinho com um carrinho repleto de papéis, papelões e materiais que havia pego nas ruas para fazer as suas artes.


Depois cruzei com ele mais algumas vezes e a história de Alex me chamou a atenção.


Mais a frente Alex passou a frequentar o Ateliê do local onde trabalho e descobri seus belos desenhos e seus painéis maravilhosos, coloridos, vibrantes e parecidos com a tela de uma televisão como ele gosta de contar.


Alex para mim é o sinônimo da superação pela arte, da superação da exclusão, da superação dos bullyings por quais passou, da superação por viver em uma sociedade preconceituosa e perversa com os que se diferenciam. 


Alex é a superação, por isso eu não poderia deixar de colocá-lo nesse blog. 


É muito emocionante para mim colocar a história de Alex nesse blog, confesso que foi difícil fazer a entrevista. Confesso. Mas foi para mim uma lição de vida.


Alex é quem faz São Caetano do Sul ser São Caetano do Sul. Ele colore as ruas da nossa cidade com os seus painéis, desenhos, sua vibração. Ele retira a cor dos dias difíceis pelos quais passa. Ele é a superação.


Um dia ele me contou que haviam pego o painel dele, o mais bonito e jogado fora. Fiquei extremamente revoltada com isso, achei isso a mais profunda crueldade e perversidade. Mas ele superou, superou mais isso também.


Pedir para ele fazer outro. E ele disse que fará.


Os painéis de Alex colorem a cidade, são vibrantes, intensos, importantes.


Para quem não sabe Alex Show que tem fãs distribuídas pela cidade e que adoram beijar e autografar os seus papéis, nasceu em São Paulo e mora em São Caetano do Sul.






Ele ganha a vida fazendo caricaturas e imitando as personalidades famosas nas praças da cidade. A vida colocou a arte no destino de Alex quando ele era um menino.


Alex começou a desenhar com 3 anos de idade vendo os desenhos na televisão e os programas da TV Cultura. Sua mãe achava ruim porque os desenhos passavam pela manhã e ele não queria ir para a escola sem antes assistir aos desenhos. Mas estudou até a quinta-série. Largou a escola por causa dos bullyings que sofreu. Ele me contou que sofreu muito nas escolas, fiquei muito revoltada com o que ele me relatou e pensei realmente a sociedade exclui, exclui. Por sorte Alex deu a volta por cima e tirou de tudo isso força para fazer a sua arte. 


A vida de Alex não foi nada e nem tem sido fácil, porque o diferente assusta, o diferente, o especial sofre preconceito.


Alex conta que faz os desenhos desde os 9 anos de idade e aprendeu a fazê-los sozinho. Não teve a oportunidade de fazer cursos e por isso assistia aos programas do Sílvio Santos e os desenhos Ra Tim Bum.


Ele conta com poucos materiais para desenhar, em geral recebe doações e prefere fazer as caricaturas com canetas pretas, quanto mais escura melhor. "Mas eu gostava de usar aquelas canetas que tem brilho, que dá sonho, porque as minhas fãs gostam. Eu tenho muitas fãs, em São Paulo, no Heliópolis, na Vila Califórnia e no bairro Fundação", conta.


O cotidiano do Alex é simples assim que acorda vem para o centro de São Caetano do Sul fazer as caricaturas e as imitações. Quando escurece ele volta para a casa. Gosta de andar a cidade inteira e carrega com ele seus materiais de artes, tanto para os painéis como para os desenhos.


 Não foi fácil aprender a desenhar sozinho, ele precisou fazer muitos desenhos até conseguir fazer os corpos dos seus personagens como perfeição. Ele contou com a ajuda dos programas de desenho que passaram na TV Cultura como o A Mão Livre. "Eu tiro muitas ideias das paisagens que vejo na rua, inclusive dessas pichações que se você perceber são desenhos", conta.


Os trabalhos mais bonitos de Alex são os gigantescos painéis que produz e que infelizmente algumas pessoas ignorantes já os jogaram fora. 





Um dos painéis tinha mais de 2 metros e ele juntou muitas tampinhas de garrafas, colou uma por uma, foi combinando uma cor com a outra. Foi um trabalho de duas semanas, ele ficou de sol a sol juntando os papéis, tampinhas e depois os colou. Todas as pessoas o viam montando o painel e passaram a ajudá-lo. "As pessoas me davam as tampinhas, me ajudavam a subir na escada e a colar. O painel era uma homenagem a MTV, que eu sempre gostei e assisti. os clipes que passavam lá, os cenários me inspiravam. No fim jogaram fora o trabalho. Eu peço a Deus que não me amolem e me deixem fazer a minha arte em paz", narra.


Não foi a primeira vez que houve o desrespeito do poder público em relação aos trabalhos de Alex e ao cidadão Alex. 

Agora Alex me contou que invadiram a casa dele sem mandado e a presença dos donos da casa e levaram tudo, todos os materiais que ele havia juntado para as suas artes. Eu fico muito decepcionada com o poder público que parece não respeitar os cidadãos, em especial quando são excluídos dessa sociedade desigual. Questiono o poder público e a sua seriedade. 

Mas falei para o Alex continuar a sua trajetória, firme, forte e convicto de seu potencial artístico. 

Apesar de tantos desrespeitos, discriminações, exclusões, Alex segue firme, alegre e com muita energia. 

Alex conta que tem muitos sonhos e planos para o futuro, um deles é continuar fazendo a sua arte em paz nas ruas da cidade, ser descoberto, ter o seu talento reconhecido, ter paz, se casar e ter filhos.


Eu também desejo tudo isso e muito mais a ele. Ele merece tudo isso e muito, muito mais.


Alex merece, merece ser respeitado, ter a sua arte reconhecida, ser feliz, ficar em paz.







(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni




quarta-feira, 15 de junho de 2016

Os primeiros ginásios da cidade
Por: Priscila Gorzoni




Até 1940, São Caetano só oferecia cursos primários, quem quisesse continuar os estudos tinha que viajar todos os dias para São Paulo. Porém os poucos horários dos trens dificultavam essa viagem, por isso criou-se o primeiro curso ginasial na cidade.
Nos anos de 1950, começam a surgir outras escolas de nível médio.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O primeiro português do Tijucuçu
Por: Priscila Gorzoni



A desembarcar em São Caetano foi Manoel Cardoso. Ele chegou em 1885, oito anos depois dos primeiros imigrantes. Manoel tinha várias atividades. Era funcionário da linha inglesa, a ferrovia Santos-Jundiai, leiteiro e motorista. Mas era famoso por suas massagens. Manoel era conhecido como o homem que consertava braços e pernas quebrados.

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Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

domingo, 12 de junho de 2016


O nome Fazenda São Caetano
Por: Priscila Gorzoni

  
A Fazenda de São Caetano ganhou esse nome no inicio do século XVIII. O motivo foi a construção de uma capela dedicada ao Santo da Divina Providência, patrono do pão e do trabalho que por coincidência era um santo italiano, da Família Di Thiène, uma família veneta. Após a abertura da capela, a Fazenda passou a se chamar Fazenda de São Caetano do Tijucuçu e mais tarde, no século XVIII, Fazenda de São Caetano.



(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Série personagens inusitados de São Caetano do Sul
A mulher das mãos abençoadas
Por: Priscila Gorzoni





Os benzimentos entraram na vida de Sônia R. M, 59 anos há 34 anos, quando sua filha nasceu e não parava de chorar. 
Desesperada e sem saber porque a menina chorava sem parar Sônia resolveu procurar uma benzedeira. E da primeira passou a peregrinar por várias outras porque só os benzimentos acalmavam a filha. Visitava uma diferente por semana porque elas benziam apenas três dias seguidos. 
Até que chegou a tia Domingas, parente de uma de suas amigas, que, com pena de Sônia, resolveu ensiná-la a benzer a filha. "Ela dizia olha começa a rezar o Pai Nosso, cruza as mãos. Então assim eu comecei a benzer e hoje benzo os animais também", conta. 
Tia Domingas ensinou algumas rezas e em especial a oração do coração, que funcionou perfeitamente bem para o caso. 
Nessa reza, o benzedor pede ajuda ao seu santo protetor para que ele interceda pelo benzido. Sônia começou assim, e, quando se deu conta, já estava benzendo as crianças, os idosos da família e seus bichos de estimação.
Dependendo de como a pessoa chega, Sônia decide qual reza se encaixa melhor ao caso. 

Em tempos de tecnologia, Sônia benze também à distância. Muitas vezes apenas com o auxílio de uma fotografia, um papel com o nome da pessoa ou mesmo por telefone. 
Diferente dos benzedores de antigamente, que só passavam o conhecimento para os parentes, ensina seu saber para quem desejar. “Benzer é uma atividade muito antiga e todos nós nascemos com esse dom, no entanto ele só dá frutos se tivermos fé”, conta a hoje benzedeira de 59 anos.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



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terça-feira, 7 de junho de 2016

Série Os Personagens inusitados de São Caetano do

Sul

Amilcar: o dono do farol, da sensibilidade e da

 comunicação

Por: Priscila Gorzoni




Os faróis da cidade pertencem a Amilcar Lelis Borsari, 54 anos, entregador de jornais.
As atenções dos motoristas só desviam do farol para receber a simpatia de Amilcar e ele sabe como tirar o sorriso de quem passar por ele.
Conheci Amilcar há três anos e fiquei encantada pela sua forma de trabalhar e o amor pelo o que faz.
Por isso inicio essa Série Personagens inusitadas de São Caetano do Sul contando um pouco da história desse famoso da cidade.
Todo mundo conhece Amilcar, ele é um rapaz simpático que cativa todos com a sua recepção e conversa.
Todos os dias que venho para o meu trabalho o encontro em um dos faróis entrando entre os carros e distribuindo os seus jornais.
As pessoas já o conhecem, alguns abrem a janela do carro e pedem o jornal outros param em frente ao seu carrinho e pegam um exemplar.
Poucos sabem que Amilcar nasceu em São Paulo e se tornou entregador de jornais há 6 anos. Ele começou em São Paulo e após 3 anos veio para São Caetano do Sul.
Ele conta que se tornou entregador de jornais “levado pela vida”. Antes passou por vários empregos de vendedor até auxiliar de escritório.
E foi exatamente quando trabalhava no escritório que apareceu a oportunidade de ganhar dinheiro entregando jornais e ele aceitou. “Sempre gostei de lidar com o público, por isso o meu trabalho não é só uma questão de sobrevivência, mas de prazer. Para fazer esse serviço tem que gostar. Gosto muito de conhecer pessoas e aqui todos são muito generosos já ganhei muitos presentes, sapatos, roupas e até cestas básicas. Mas o que mais me emociona é quando as pessoas me confiam as suas histórias. Já vi muita coisa aqui nesse cruzamento, de pessoas chorando até atropelamentos”, conta emocionado.




E não é fácil mesmo, durante alguns minutos acompanho Amilcar entrando no meio dos carros, se arriscando, dá medo. Fiz isso para fotografa-lo e sinceramente tive medo de ser atropelada a atenção tem que ser extrema.
Não é fácil.
Ele conta que precisa prestar muita atenção aos carros, ao farol, às motos e às bicicletas e isso só aprendeu no dia a dia. “A parte mais crítica é a hora do pico, tem que olhar constantemente o movimento para não se acidentar”, relata.
Amilcar também se considera um cara de sorte, uma vez quase perdeu o pé. Um carro deu ré e não viu o pé dele, conclusão pegou o bico do sapato e por sorte foi só isso. Em tempo o motorista tirou o carro e o pé saiu ileso. Portanto além de aprender a lidar com as pessoas, ter sensibilidade é importante ter um bom condicionamento físico. E isso Amilcar desenvolveu no cotidiano. “É preciso ter sensibilidade, saber a hora de chegar e compreender quem está aberto a receber o jornal. Tenho que respeitar a privacidade das pessoas”, lembra.


O entregador de jornais tem uma vida simples, mora na divisa de São Caetano do Sul com São Paulo e pretende formar uma família. “Eu tenho uma vida modesta, gosto muito de ler livros de romance, política, filosofia. Sou registrado, como o meu jornal é diário tenho trabalho todos os dias. Tenho uma estabilidade, agora só falta a família”, relata.




(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


A população do Núcleo Colonial em 1877 Por: Priscila Gorzoni  Você sabia? Em 1888 já havia no Núcleo Colonial (primeira formação de...