terça-feira, 26 de abril de 2016

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Por: Priscila Gorzoni 




Ela fica na Rua. Flórida, no Bairro Barcelona e foi construída em um terreno de 536 metros quadrados pela comunidade por meio da Campanha do metro. Nesta campanha cada morador participava adquirindo um ou mais metros de terreno para a construção da igreja.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

Bibliografia: Caminhos da Fé: itinerário dos templos religiosos de São Caetano do Sul, Alexandre Toler Russo, Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul, 2004.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Locais curiosos de São Caetano do Sul
Indústria de Porcelanas Teixeira
Por: Priscila Gorzoni 


A Indústria de Porcelanas Teixeira ainda pode ser visitada. Ela ficava na Rua. Major Carlo Del Prete, 1177 e foi fundada em 1940 pelos irmãos Teixeira, inspirados nas famosas Porcelanas Vista Alegre, de Portugal. 


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

Imagem: http://www.fpm.org.br/scs_roteiro_tur.asp?caminhadas=True&id_r=1

terça-feira, 19 de abril de 2016

Fazenda São Caetano 
Por: Priscila Gorzoni





 A Fazenda São Caetano pertenceu à Ordem de São Bento por 246 anos. A região só passou a ser conhecida como São Caetano a partir da fundação da capela dedicada ao santo entre 1717 a 1720. A capela ficava no mesmo local em que está hoje a Matriz velha no bairro Fundação em São Caetano do Sul.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

domingo, 17 de abril de 2016

Paróquia Sagrado Coração de Jesus de São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni



 Essa Paróquia fica na Rua. Padre Mororó, no Bairro São José. As paredes da igreja foram levantadas em 1951. No dia 10 de setembro de 1955, a igreja foi elevada à condição de Paróquia.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Objetos inusitados
Mural dos bandeirantes de Jayme da Costa Patrão
Por: Priscila Gorzoni 




Existe um mural feito de azulejos de Jayme da Costa Patrão em homenagem aos bandeirantes no museu de São Caetano. O personagem homenageado é Fernão Dias Paes, que contribuiu para a formação territorial do município de São Caetano. O quadro foi pintado em 1946 à mão e é composto por 48 azulejos e possui um metro e 37 centímetros de altura por um metro e oito centímetros de largura. Durante muitos anos esse mural fez parte da decoração de um bar chamado Bandeirante, que ficava na Rua. Amazonas, 546 e era propriedade de Avelino e Villa. O Bar Bandeirante era famoso por reunir os ademaristas.  Patrão trabalhou vários anos com produtos cerâmicos, ele era proprietário da Cerâmica Artística Da Costa fundada em 1950. Inicialmente a empresa atuou na elaboração de trabalhos de pintura e posteriormente na fabricação das próprias peças.  



(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  



Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni


Imagem: http://www.dgabc.com.br/%28X%281%29S%28cljlooq4x0awf5d3cb2wnovq%29%29/Imagens/Home/Index/7b8e824e81.jpg


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Personagens ilustres da história de São Caetano do Sul
Alexandre Grigolli: o autor do hino da cidade
Por: Priscila Gorzoni




Alexandre Grigolli: Veio trazido pelo padre Giovanni Baptista Pelanda. Grigolli escreveu o hino de São Caetano e ajudou a terminar a construção da Igreja Sagrada Família, que foi inaugurada no dia 6 de julho de 1937. Ela passou a ser conhecida como Matriz Nova.





(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  

terça-feira, 12 de abril de 2016

Crônicas assombradas
Os passos, ruídos e bate portas
Por: Priscila Gorzoni




É comum em alguns prédio, casas e construções nos deparamos com sons, sombras e ruídos estranhos.


Eu tenho vários relatos de sons, ruídos e passadas estranhas. Ruídos onde não haviam pessoas.


Ruídos em prédios e construções antigas.


Não posso dizer que acredito, mas alguns dos relatos que tenho são bem detalhados, o que me gera uma certa dúvida se são reais ou não.


Então embora eu seja cética, não duvido dos relatos das pessoas.


Como jornalista tenho que acreditar no que o entrevistado me conta, claro que com ressalvas, mas meu papel não é duvidar ou acreditar, mas colher a história.


Mas quando acontece comigo não me resta dúvidas de que o relato faz todo o sentido.


E é o que conto aqui nesse post. Algo que aconteceu comigo.


Era um dia de final de expediente há muitos anos e o prédio onde eu trabalhava estava praticamente vazio.


Existiam umas três pessoas na redação e eu já estava me preparando para sair.


O dia tinha sido barulhento, mas naquela hora havia se silenciado, apenas o barulho de alguns carros lá fora.


Eu então fui ao banheiro antes de sair e tudo já estava bem escuro e estranho. Nem parecia o mesmo prédio do dia.


Próximo ao banheiro fica um sótão e dele eu já havia ouvindo algumas histórias estranhas.


Os guardas que passam a noite no prédio contavam que portas batiam do nada, barulhos de passos eram ouvidos nos corredores. E eles com medo não ligavam, ficavam em seus postos.


E nessa curiosidade mórbida que somos tomados muitos momentos da vida, me tomou também.


E eu ao invés de ir ao banheiro vi que o sótão estava semi aberto, a porta que sempre ficava fechada foi esquecida encostada.


Não resisti coloque metade do rosto na porta semi aberta e de repente vi algo estranho na semi penumbra porque a luz do corredor iluminava um pouco do sótão. Vi uma sombra escura masculina lá dentro. A sombra não se mexia, mas era perceptível o perfil masculino, magro, alto. Me pareceu estar de costas. Fiquei estática, meus pés pareciam grudados no chão, fiquei parada vendo a sombra. me arrepiei e pensei tenho que ir embora agora.


E foi o que fiz, andei rapidamente para as escadas, desci e sai do prédio. 


O guarda que estava lá não me perguntou nada e nem eu disse, ele me acharia louca. Então deixei para lá.


Mas sei o que vi lá e sinceramente prefiro me esquecer.


Afinal sou cética.


Mas que existem coisas inexplicáveis nesse mundo, existem.



Fonte: Relatos assombrados de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni 



(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  












segunda-feira, 11 de abril de 2016

Crônicas do cotidiano
O churrasco, pesadelo e a entrevista que não aconteceu
Por: Priscila Gorzoni




Hoje quando eu ia para uma entrevista na Vila Gerti passei na frente de uma casa em que estive há muitos anos para fazer uma outra entrevista.

Olhei para a casa e dei risada, porque a história que envolve essa casa é engraçada, pelo menos para mim.

Isso faz muito anos, mais de 10 anos e eu fazia um trabalho sobre a Folia de Reis em São Caetano do Sul.

Na verdade e entrevista seria para o meu livro Abre as portas para os Santos Reis, que foi publicado em 2007.

Eu havia combinado de ir a essa casa onde eles fariam um almoço para receber o grupo de folia de reis.

Era um domingo muito quente e sinceramente eu preferia ficar em casa, almoçar com a minha família e ficar na calma.

Mas precisava ir para fechar as entrevistas do livro.

Então peguei o gravador e a máquina fotográfica e fui.

Quando fui chegando na casa já tinha um monte de gente, na verdade era uma multidão que não cabia dentro da casa, então tinha muita gente na rua.

Isso me assustou inicialmente porque não gosto de multidões e de locais muito cheios. Mas não tem como, onde tem folia de reis tem multidões e muitas pessoas. Faz parte.

Desci do carro e fui até a casa que já no portão estava tomada de fumaça, era um fumaceiro do churrasco que eles faziam lá dentro. 

Bom, churrasco é o tipo de programa que abomino, simplesmente porque sou vegetariana e não posso nem com o cheiro de carne que me dá enjoo. Pessoas que gostam de animais não deveriam ser carnívoras, pois é uma questão de coerência. Comer carne é comer animais mortos. O mundo deveria ser vegetariano. Só de ver carne já penso que é um cadáver de animal, algum animal sofreu.

E o pior é a combinação churrasco, multidão, pagode, samba, sertanejo, axé, forro e funk e cerveja, abomino, para mim é pior do que A Noite dos Zumbis. Não bebo, sou natureba, tenho os hábitos bem saudáveis não por motivos religiosos (não tenho religião), mas por respeito aos animais, porque não gosto de carne mesmo, gosto do budismo. Não quero viver muito enfim, não bebo simplesmente porque não gosto do sabor, não gosto nem do cheiro de cerveja e nem de destilado e também não gosto de ambientes com bêbados e de gente chapada. Não tenho paciência, abomino esse público. 

A combinação samba, pagode, axé, funk, sertanejo, forro, multidão, churrasco, cerveja/pinga/destilado e gente bêbada ou chapada para mim é bombástica, tipo abominável, pior do que passar uma noite com os Zumbis, prefiro os Zumbis disparado. Sou sincera, é a realidade.

Sou enjoada, sim, sei que sou.

Mas enfim estava eu ali na porta da casa com aquele fumaceiro de churrasco, cheiro de carne e de cerveja, nem queria entrar, sinceramente. Tudo me convidava a fugir, voltar para o sossego da minha casa. Mas o trabalho me obrigava a ficar.

Entrei e procurei o dono da festa, o dono da casa, aquele que receberia o grupo de folia de reis. 

Para completar o dono da casa um homem bem falante já meio chapado, cheirando a cerveja e churrasco veio me receber e falava enrolado. Imaginei como poderia entrevistar alguém nessas condições, não daria mesmo.

Perguntei se ele era o dono da casa, ele que já estava com os olhos vermelhos e a voz pastosa demorou para responder. Por fim disse que era. 

Ele estava tão ´pra lá de marrakech`que me perguntou se eu era do grupo de folia de reis. Inclusive eu perguntava quando o grupo chegaria e ele me devolvia a pergunta. A confusão dele era tanta que nem sabia quem fazia parte do grupo de folia de reis.

Enquanto eu falava com ele na porta da casa o fumaceiro só aumentou, começou a subir e eu fiquei preocupada da casa pegar fogo também. E aquela falação, aquele pessoal falando alto, aquele homem com cheiro de cerveja, nem a Noite dos Zumbis seria para mim mais assustadora.

Respeito o gosto das pessoas, suas formas de viverem, mas tenho que ser sincera para mim não dá.

E percebi que não daria para eu trabalhar também, o ambiente não estava receptivo a isso. Como entrevistar pessoas ´chapadas`, não dá né.

Foi então que eu disse para ele que iria no carro pegar um negócio que eu havia me esquecido lá e voltaria.

Fui, peguei o carro e não voltei mais.

Terminei o trabalho, compreendo o gosto e hábitos das pessoas, mas não dá para forçar o meu.

E hoje passando na frente da casa me lembrei essa história e dei risada.


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

domingo, 10 de abril de 2016

Crônica de assombração cotidiana
O sumiço do homem
Por: Priscila Gorzoni



Como eu venho contando aqui nesses posts sou cética, mas nessas minhas andanças, reportagens não duvido de mais nada.

E é mais um desses casos estranhos que conto agora aqui nesse post.

Como contei ando muito por São Caetano do Sul, busco histórias e entrevistados e foi em uma dessas minhas andanças pelos cemitérios da vida que aconteceu um caso bem estranho comigo.

O fato de eu ser cética afasta invenções e imaginações da minha parte.

Justamente porque não acredito nas coisas que acontecem, em especial essas coisas de assombrações.

Vocês podem dizer que isso é mentira da minha parte e que não sou tão cética assim.

Ser cética é uma autodefesa, sou medrosa, então para me proteger digo que sou cética. 

Mas voltando.

Era um dia quente, dia de semana, mais ou menos às 14 horas quando estava andando por esses cemitérios que ando, fazendo a minha pesquisa antropológica. Nesse horário os cemitérios em geral são bem vazios e nesse estava vazio.

Não haviam visitantes, eu estava só, andando, observando, fazendo anotações.

Não, não estava com medo, porque do contrário do que sempre pensei, cemitérios não dão medo, o que dá medo é o imaginário que se criou em cima deles. Coisas da imaginação humana.

Os cemitérios são lugares de paz, tranquilos, silenciosos, lugares normais.  

Mas as vezes essa calma pode nos surpreender.

Eu estava então em um dos cantos desses cemitérios da vida quando entrou ali perto um senhor de bermuda e chinelo. Ele se encaminhou para uma das gavetas das paredes. Era um senhor de cabelos grisalhos com um andar apressado.

Eu fiquei olhando-o na frente de uma das gavetas parado e pareceu não me ver. Em nenhum momento ele me olhou, embora tenha passado encostado em mim, já que eu estava exatamente no caminho de entrada e saída.

Eu estava um pouco afastada dele, mais próxima do portão de saída. Para sair ele teria que passar por mim.

Não prestei muita atenção nele, apenas o vi ali parado olhando a gaveta. Não rezava, nem nada, apenas olhava a gaveta pregada na parede. 

Olhei para onde estava pesquisando e por alguns momentos deixei de olhar para o senhor. Mas eu estava no único caminho de saída do cemitério. Não tinha jeito dele sair sem passar por mim.

Depois de um tempo olhei e o vi na mesma posição, só estávamos eu e ele naquela parte do cemitério. Mas em nenhum momento ele me olhou e passou por mim. Mas é como se não visse nada. Muito estranho.

Era uma pessoa mesmo, igual a mim e a vocês. Aparentemente era uma pessoa.

Só que depois de um tempo ele desapareceu. De repente olhei novamente para onde ele estava e não vi nem rastro dele.

Olhei em volta e nada dele, estava só eu naquela parte do cemitério.

O homem de bermuda e chinelos havia sumido como em uma mágica.

Eu então deixei para lá.

Não pensei que poderia ser algo inexplicável.

Continuei a minha análise, mas aquele homem de bermuda e chinelo ficou em minha mente.

Tem coisas que não tem explicações.

E é para ser assim, os mistérios da vida.



Fonte: Relatos assombrados de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni 


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  















Personalidades famosas da história de São Caetano do Sul
Armando de Arruda Pereira
Por: Priscila Gorzoni


 Armando de Arruda Pereira: Foi um engenheiro que viveu em São Caetano de 1923 a 1942, contribuindo para o desenvolvimento de São Caetano, através de seu dinamismo como diretor da Cerâmica São Caetano.

(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni

sábado, 9 de abril de 2016

O suicídio
Por: Priscila Gorzoni



Você nunca sabe o que vai encontrar quando virar a esquina da sua casa.

E foi isso o que aconteceu comigo há 15 dias.

Eu já tinha voltando a minha aula de capoeira e ia para o trabalho à pé.

Quando me deparei na minha rua com um movimento grande dos carros de polícia e vários policiais amparando uma moça que chorava muito.

 Perguntei para uma das pessoas que estavam na rua o que havia acontecido.

E então ele me contou uma história inusitada e muito triste.

Um homem havia se suicidado dentro de um carro que estava estacionado ali perto. 

Fiquei em choque quando ouvi a história.

A moça trabalhava na minha rua e o rapaz inconformado com o fim do relacionamento se matou dentro do carro inalando o gás do próprio carro.

Eu já li um pouco sobre a temática do suicídio e  fiquei muito chocada que ninguém tenha tentando salvar esse rapaz. O suicida dá sinais de que não está bem e pode se matar, mas me parece que ninguém ouviu esse ser humano em desespero.

Ninguém se mata por alguém, mas por si mesmo, porque se perdeu de si, porque se perdeu dos valores da vida.

O problema é que nós, todos nós temos dentro uma curiosidade mórbida e eu fui tomada por essa curiosidade mórbida.

Fiquei curiosa para ver o que havia acontecido.

De qualquer forma eu estava abalada, fiquei profundamente penalizada por aquele rapaz que estava morto dentro de um carro há poucos metros de mim.

O carro dele estava na rua que era o meu caminho para o trabalho. Eu teria que passar por lá, estava atrasada e seria o caminho mais rápido.

Então passei, em frente ao carro dele milhares de curiosos que pelo semblante não pareciam penalizados pelo rapaz mas tomados de um prazer mórbido.

Eu cheguei perto do carro com muito receio, era como se eu tivesse medo de alguma coisa, que o rapaz acordasse de repente. Me senti culpada, porque quando alguém se mata todos nós seres humanos somos um pouco culpados. Todos nós falhamos de alguma forma, todos nós deixamos de ouvir alguém que poderíamos ter salvado, ajudado.

Me senti muito culpada e um mato de tristeza tomou conta de mim.

Era como se eu também tivesse morrido um pouco ali. Coisas difíceis de explicar, coisa de gente sensível.

Foi então que avistei o carro, senti uma energia pesada ali, muito pesada.

O carro estava ali parado, embaixo de uma árvore, um carro popular, vidro escuro que não deixava ver o seu interior. Nos vidros escuros algumas frases desconexas em letras brancas escritas. Consegui ler: E aqui. Me pareceu que ele queria avisar que estava ali dentro morto. Mas a letra denunciava todo o desespero daquela rapaz. Eu tentei pensar se ele disse algo a alguém, pediu alguma ajuda. Provavelmente sim.

O suicida pede ajuda em geral.

Ele deve ter dado algum sinal de que não estava bem.

E então eu vi o cano que ele amarrou junto do escapamento que ele cobriu. 

Ele estava lá dentro ainda, já morto. Talvez morto desde a noite anterior. 

E então eu passei pelo carro e segui em frente para o meu trabalho.

Seria chocante demais ver o rapaz morto, não conseguiria.

Mas um mato de tristeza me cobriu, e segui o meu caminho.

Depois, na volta o carro não estava mais lá e o único rastro de que alguém morreu lá foi um par de luvas de borracha no chão, perto de onde o carro estava.

Demorei alguns dias para absorver melhor tudo isso.

Mas o mato de tristeza de manteve.

 E todos os dias passo ao lado da árvore de onde o carro estava estacionado e onde alguém se perdeu de si mesmo.

E desejo que esse rapaz tenha encontrado a paz, onde quer que ele esteja.




(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  








 












sexta-feira, 8 de abril de 2016

Bom dia ao Negão
Por: Priscila Gorzoni




Não é segredo para ninguém que me conhece que amo os animais.


Adoro e sempre adorei.


E sempre tem algum bichinho em meu caminho.


Nos piores momentos tinha algum bichinho para me ajudar a levantar a minha energia.


Todos os bichos tem a energia boa.


Não são como os seres humanos que não tem a energia boa.


Os animais são anjos.


E eu tenho um anjo todos os dias no meu caminho.


O meu anjo peludo se chama Negão.


Já falei dele em um dos primeiros posts.


Negão é um cachorrinho mestiço de pequinês preto bem peludo.


Ele foi adotado pelos donos de um estacionamento que fica no caminho para o trabalho.


Negão já tem idade, é idoso e não escuta bem. Parece que também não enxerga bem.


Ele é muito dócil e fofo.


Todos os dias eu passo na frente do estacionamento em que ele mora e dou uma olhadinha para ver se ele está bem.


As vezes eu o atravesso e já cheguei a entrar na frente de carros para pararem e ele atravessar.


Já cheguei a acompanhá-lo e me atrasar para o trabalho, queria ver se ele chegaria bem ao seu destino.


Ele não me viu mas eu o acompanhei.


O problema é que Negão é um cachorro de rua, livre e que não compreende que as ruas são perigosas.


E ele escolhe as piores horas para dar seus passeio para o meu desespero.


Não sei se ele me conhece, acho que sim, porque quando chego perto dele, ele levanta os olhos e me olha com um olhar idoso e receptivo.


Já vi ele latir ferozmente para pessoas na rua.


Negão é temperamental. Ele não gosta de todo mundo.


Eu então não resisto, deixo ele cheirar as minhas mãos e faço carinho nele.


Tem dias que ele me ignora e tem dias que ele me passa muita energia boa.


Uma vez eu passei durante vários dias no estacionamento e não vi o Negão. Já fazia uma semana que eu não o via. Então me preocupei, entrei no estacionamento e perguntei dele.


Me disseram que ele estava bem e em repouso porque tinha passado por uma cirurgia. Fiquei mais tranquila.


Não ver Negão naqueles dias me angustiou. 


Acordar e ver o Negão é um presente.


Eu chego bem mais calma no meu trabalho.


E o dia que não vejo Negão é um dia estranho.


É um dia sem cor.



(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  




O cheiro de vela
Por: Priscila Gorzoni




Como eu já escrevi algumas vezes aqui sou cética, mas sou medrosa.

Mas o caso que conto agora aconteceu comigo e o considero assombrado.


No mínimo estranho.


Não é novidade que existem várias lendas e crenças sobre sobrados. E sinceramente sempre me diverti com essas lendas, nunca acreditei nelas, embora adorasse saber. 


Não perco aquela  série Assombrações do Discovery. Adoro. E sempre tem um sobrado envolvido nas histórias.


Mas sou cética, acho que todos aqueles fenômenos tem explicações físicas. 


Durante um tempo morei em uma casa muito antiga com a minha irmã.


Minha irmã consegue ser ainda mais medrosa do que eu. Minha irmã é pisciana e como todo pisciano é mistica e assustada.


E sabíamos que na casa haviam morado duas senhoras e que tinham morrido lá também.


A casa estava em ótimo estado e durante um ano a reformamos. 


Desta forma ela ficou bem diferente do que era.


Mas era com certeza uma casa da década de 1970, porque quando eu era pequena me lembro dela.


Algumas vezes passei na rua e vi a casa, mas nunca imaginei que um dia moraria nela.


Dessas coisas do destino, da vida.


De qualquer forma sempre me senti muito bem na casa, a energia é boa.


No inicio me sentia mais desconfortável porque ficava pensando nas duas velhinhas que tinham morado lá.


Conversando com os vizinhos descobri que as duas amavam a casa e que haviam inclusive plantado uma árvore bem na frente dela. Árvore que cresceu, colocamos adubo e cuido dela como se fosse minha.


Me disseram que as duas senhoras eram muito religiosas, muito católicas e de fato percebi isso quando me deparei com um crucifixo bem antigo atrás da porta de entrada da casa. Assim que me mudei tirei da casa tudo o que pertencia às velhinhas.


Mas a minha irmã sempre foi muito medrosa, mil vezes mais medrosa do que eu.


E um dia a noite ela me chamou.


Me disse que sentia um cheiro de vela. Eu andei pelo corredor e não senti nada, mas ela insistiu.


Fiquei com medo e naquela noite não dormi.


No dia seguinte ela me disse que sentia um cheio de vela no corredor novamente e que as portas batiam quando ela estava lá sozinha.


Claro, que batiam, existia uma forte corrente de ar na casa.


Mas uma vez fiquei lá sozinha e ouvi alguém me chamar, um chamado bem baixo, mas ouvi. Fiquei com medo, muito medo.


Não era exatamente um chamado pelo meu nome, mas um som de chamado.


Também não dormi.


Foi então que fiz contato com um amigo meu de Minas que benzia a distância.


Pedi para ele me dizer o que tinha na casa e se ele podia benzê-la para mim.


Ele me tranquilizou, disse que não tinha nada na casa e que o fato dela ter sido reformada tirou toda a energia das antigas donas. Fiquei sossegada.


Ele benzeu a casa e nunca mais sentimos nada.




Fonte: Relatos assombrados de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni 



(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  









quinta-feira, 7 de abril de 2016

A loira do cemitério
Por: Priscila Gorzoni



Durante alguns meses sai pela cidade entrevistando moradores que tinham histórias assombradas ou enigmáticas para contar e me deparei com alguns relatos bem curiosos.
Um deles foi o de Maria* que teve uma vida bem atribulada na cidade e muitos fatos assustadores para contar.
O fato que mais assombrou Maria foi o da loira do cemitério. Essa é uma lenda urbana muito comum em várias cidades brasileiras.
Conto o relato dela abaixo.
Até hoje Maria* se lembra da loira do cemitério que seu marido disse que havia visto a noite nas portas do cemitério.
O marido de Maria já morreu há alguns anos, mas antes disso lhe contou com detalhes como foi a aparição da loira assustadora. “Ele me disse que ela era linda, toda arrumada, mas que todos caiam do cavalo quando se aproximavam. Os homens que a viam queria conhecê-la, iam atrás e quando chegavam perto ela se mostrava em forma de fantasma. Uma vez ele foi ver, mas não conseguiu, apenas avistou uma mulher bonita, loira caminhando na porta do cemitério à noite. Quando chegou perto ela desapareceu”, conta.
Segundo Maria isso aconteceu muitas vezes com os colegas e a lenda embora muito antiga desde 1939 sobreviveu até 1982. A lenda ficou tão famosa que muitos também a avistaram vagando pelo cemitério tanto que poucos casais na década de 80 se aventuravam nesses lados. “Quando os casais passavam em frente ao cemitério, os outros falavam cuidado com a loira, cuidado com a loira”, conta.



Fonte: Relatos assombrados de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni 


(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  








A população do Núcleo Colonial em 1877 Por: Priscila Gorzoni  Você sabia? Em 1888 já havia no Núcleo Colonial (primeira formação de...