A mulher das mãos abençoadas
Por: Priscila Gorzoni
Os benzimentos entraram na vida de Sônia R. M, 59 anos há 34 anos, quando sua filha nasceu e não parava de chorar.
Desesperada e sem saber porque a menina chorava sem parar Sônia resolveu procurar uma benzedeira. E da primeira passou
a peregrinar por várias outras porque só os benzimentos acalmavam a filha. Visitava uma diferente por semana porque elas
benziam apenas três dias seguidos.
Até que chegou a tia Domingas, parente de
uma de suas amigas, que, com pena de Sônia, resolveu ensiná-la a benzer a
filha. "Ela dizia olha começa a rezar o Pai Nosso, cruza as mãos. Então assim eu comecei a benzer e hoje benzo os animais também", conta.
Tia Domingas ensinou algumas rezas e em
especial a oração do coração, que funcionou perfeitamente bem para o caso.
Nessa
reza, o benzedor pede ajuda ao seu santo protetor
para que ele interceda pelo benzido. Sônia começou assim, e, quando se deu
conta, já estava benzendo as crianças, os idosos da família e seus bichos de
estimação.
Dependendo de como a pessoa chega, Sônia decide qual reza se encaixa melhor ao caso.
Em tempos de tecnologia, Sônia benze também
à distância. Muitas vezes apenas com o auxílio de uma fotografia, um papel com
o nome da pessoa ou mesmo por telefone.
Diferente dos benzedores de
antigamente, que só passavam o conhecimento para os parentes, ensina seu saber
para quem desejar. “Benzer é uma atividade muito antiga e todos nós nascemos
com esse dom, no entanto ele só dá frutos se tivermos fé”, conta a hoje
benzedeira de 59 anos.
(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)
Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni
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