sexta-feira, 18 de março de 2016

A casa assombrada da minha infância em São Caetano do Sul
Por: Priscila Gorzoni




Eu escrevo sobre a história e as curiosidades de São Caetano do Sul, mas a minha especialidade é pesquisar as histórias de assombrações da cidade.


E nesses anos escutei várias.


No decorrer desse blog contarei algumas delas.


Começo com algumas sobre casas assombradas.


Pensei nesse post porque há pouco estive visitando uma casa em que morei na minha infância, uma casa que tinham muitas histórias de assombrações que alimentaram a minha mente criativa.


Sempre gostei do assunto assombrações e quando voltei aquela minha casa de infância, desci as escadas do quintal e entrei no quarto assombrado, voltei no tempo.


Era como se o tempo tivesse parado, voltado em minha mente.


As escadas haviam ficado menores e o quarto também.


Olhando o quintal imaginei o meu cachorro de infância correndo em minha direção, cheguei a ouvir os latidos do Bilú. 


Muitas coisas aconteceram ali. Passei a minha infância e adolescência naquela casa.


Mas voltando.


Quando eu era pequena uma senhora trabalhava em casa.


Só que ela tinha uma personalidade muito forte e a minha mãe dizia que ela tinha o ´gênio ruim`.


Ela não gostava de trabalhar em casa e estava sempre de mau humor. Um dia a minha mãe pediu para ela fazer uma coisa e ela não quis fazer e ficou com muita raiva.


Com o tempo ela resolveu sair de casa, brigou com a minha mãe e não soubemos mais dela.


Um tempo depois, o meu cachorro Bilú morreu envenenado por um sapo no quintal em meus braços. Nem preciso dizer o quanto isso foi traumático para mim.


O quintal ficava ao lado do quarto.


Passado um tempo, pessoas vinham em casa e não queriam ficar no quarto que a mulher dormia.


Ninguém conseguia ficar lá, mas aparentemente não havia nada de ruim no quarto.


Quando a minha mãe perguntava o que tinha no quarto ninguém queria dizer. Alguns diziam que ouviam coisas.


Com o tempo, a minha avó materna que era muito católica resolveu vir nos visitar e ficou sabendo do quarto assombrado.


Ela então resolveu fazer uma varredura no quarto e então encontrou um bonequinho de borracha amarrado dentro de um dos travesseiros. Imaginamos que tinha sido a mulher quem o colocou lá e que havia feitiço nele.


Eu vi o boneco apesar da minha mãe tentar escondê-lo. Ele era um boneco preto de borracha pequeno. Não tinha nem olhos, nem boca e nem cabelos. 


De qualquer forma a minha avó queimou o boneco no quintal e nunca mais se ouviu dizer que o quarto era assombrado. As pessoas voltaram a dormir lá.


Eu não dormiria porque sou medrosa com assombração. Mas sei que a assombração se foi. 


E quando voltei na casa da infância entrei no quarto, senti que o quarto estava menor e a minha mente parou no tempo.


Eu ouvi vários relatos de casas assombradas durante as minhas pesquisas e andanças por São Caetano do Sul.


Algumas histórias irei relatar nos próximos posts.




(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)  


Fonte: O livro das curiosidades de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni










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