Os passos, ruídos e bate portas
Por: Priscila Gorzoni
É comum em alguns prédio, casas e construções nos deparamos com sons, sombras e ruídos estranhos.
Eu tenho vários relatos de sons, ruídos e passadas estranhas. Ruídos onde não haviam pessoas.
Ruídos em prédios e construções antigas.
Não posso dizer que acredito, mas alguns dos relatos que tenho são bem detalhados, o que me gera uma certa dúvida se são reais ou não.
Então embora eu seja cética, não duvido dos relatos das pessoas.
Como jornalista tenho que acreditar no que o entrevistado me conta, claro que com ressalvas, mas meu papel não é duvidar ou acreditar, mas colher a história.
Mas quando acontece comigo não me resta dúvidas de que o relato faz todo o sentido.
E é o que conto aqui nesse post. Algo que aconteceu comigo.
Era um dia de final de expediente há muitos anos e o prédio onde eu trabalhava estava praticamente vazio.
Existiam umas três pessoas na redação e eu já estava me preparando para sair.
O dia tinha sido barulhento, mas naquela hora havia se silenciado, apenas o barulho de alguns carros lá fora.
Eu então fui ao banheiro antes de sair e tudo já estava bem escuro e estranho. Nem parecia o mesmo prédio do dia.
Próximo ao banheiro fica um sótão e dele eu já havia ouvindo algumas histórias estranhas.
Os guardas que passam a noite no prédio contavam que portas batiam do nada, barulhos de passos eram ouvidos nos corredores. E eles com medo não ligavam, ficavam em seus postos.
E nessa curiosidade mórbida que somos tomados muitos momentos da vida, me tomou também.
E eu ao invés de ir ao banheiro vi que o sótão estava semi aberto, a porta que sempre ficava fechada foi esquecida encostada.
Não resisti coloque metade do rosto na porta semi aberta e de repente vi algo estranho na semi penumbra porque a luz do corredor iluminava um pouco do sótão. Vi uma sombra escura masculina lá dentro. A sombra não se mexia, mas era perceptível o perfil masculino, magro, alto. Me pareceu estar de costas. Fiquei estática, meus pés pareciam grudados no chão, fiquei parada vendo a sombra. me arrepiei e pensei tenho que ir embora agora.
E foi o que fiz, andei rapidamente para as escadas, desci e sai do prédio.
O guarda que estava lá não me perguntou nada e nem eu disse, ele me acharia louca. Então deixei para lá.
Mas sei o que vi lá e sinceramente prefiro me esquecer.
Afinal sou cética.
Mas que existem coisas inexplicáveis nesse mundo, existem.
Fonte: Relatos assombrados de São Caetano do Sul, Priscila Gorzoni
(ESSE TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998, "Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)
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