As histórias de José Carlos de Souza, o GCM Souza, 63 anos e há 27 trabalhando na Guarda.
Por: Priscila Gorzoni
Foto/crédito: Priscila Gorzoni
O
GCM Souza, José Carlos de Souza, 63 anos e há 27 trabalhando na Guarda Civil
Municipal (GCM) nasceu em São Bernardo do Campo e seus pais, José de Souza Lima
e Evarista Nunes de Souza vieram de Juazeiro da Bahia em 1951.
Os pais de Souza escolheram a região com o objetivo de encontrar opções de emprego. Por destino ou sorte José e Evarista se conheceram em São Bernardo do Campo. “Assim que meu pai chegou à cidade conheceu a minha mãe, eles tinham 21 anos. O meu pai trabalhava no garimpo na Bahia e quando chegou passou por várias funções de pedreiro a jardineiro. Já a minha mãe trabalhava em fábricas. Passados três anos eu nasci, sou o mais velho e o meu irmão que é mais novo se chama Carlos Roberto de Oliveira. Ele nasceu quando os meus pais ainda não estavam casados e então teve problemas para ser registrado. A vida inteira me preocupei em trabalhar, sempre caseiro e estudando para melhorar. Atualmente os meus pais tem 87 anos e moram em Juazeiro, todos os finais do ano os visito”, relata.
Os pais de Souza escolheram a região com o objetivo de encontrar opções de emprego. Por destino ou sorte José e Evarista se conheceram em São Bernardo do Campo. “Assim que meu pai chegou à cidade conheceu a minha mãe, eles tinham 21 anos. O meu pai trabalhava no garimpo na Bahia e quando chegou passou por várias funções de pedreiro a jardineiro. Já a minha mãe trabalhava em fábricas. Passados três anos eu nasci, sou o mais velho e o meu irmão que é mais novo se chama Carlos Roberto de Oliveira. Ele nasceu quando os meus pais ainda não estavam casados e então teve problemas para ser registrado. A vida inteira me preocupei em trabalhar, sempre caseiro e estudando para melhorar. Atualmente os meus pais tem 87 anos e moram em Juazeiro, todos os finais do ano os visito”, relata.
Da infância Souza só se recorda de
sempre ter trabalhado muito para ajudar os pais e estudado pouco. “Estudei até
a quarta série e costumava pedir dinheiro nos faróis”, conta.
Souza é casado há 33 anos com
Valdete de Souza Lima, 53 anos com quem teve duas filhas, uma com 34 e a outra
com 27 anos. “Conheci a minha esposa em São Caetano do Sul e ela era uma prima.
Nossa família é toda daqui, do bairro cerâmica”, conta.
Profissionalmente
antes de se tornar GCM Souza passou por várias empresas. “Com 19 anos comecei a
trabalhar em fábricas, passei por várias delas como: Máquinas Piratininga,
Armazéns Columbia, Brasinca entre outras. Um dos trabalhos que mais me marcou
foi o de carregar os vagões de trens com algodões. Em 1979 sai das empresas e
passei em um bar onde o dono era um amigo, que me perguntou se eu estava
desempregado. Eu disse que estava e ele me indicou o tenente Novaes da Guarda
da prefeitura para arrumar um emprego. Preenchi algumas fichas, recebi algumas
instruções, a farda e um revólver e fui trabalhar de guarda de rua. Os guardas
mais antigos orientavam os mais novos, sempre foi assim”, relata.
O trabalho de guarda de rua não era
fácil e Souza ficou em vários pontos da cidade, entre eles a rodoviária, o
museu municipal, o Parque Chico Mendes, o Paço Municipal, entre outros. Nesse
tempo ele recebeu uma proposta muito boa e foi trabalhar como segurança privado
no Jardim São Caetano. Depois de um tempo, em 1987 voltou para a guarda
municipal e lá permaneceu até os dias atuais.
Souza
é um dos GCMs mais antigos e fez 28 anos de profissão esse ano (2016). “Pretendo
ficar até quando aguentar, pois gosto de lidar com o público. Já passei por
muitas dificuldades e sempre fui muito responsável pelos meus atos, nunca
atirei em alguém. Você tem que ter equilíbrio. Antes de sairmos para as ruas
fazemos um curso de 3 a 4 meses, recebemos instruções e a cada dois anos temos
um treino de como usar a arma e as leis municipais. Nós temos que saber tudo, desde
defesa pessoal até as coisas mais básicas”, explica.
*
É jornalista, pesquisadora,
historiadora. Formada em jornalismo pela Universidade Metodista, com formação
em ciências sociais pela USP e Direito pelo Mackenzie, tem especialização em
Fundamentos e Artes pelo Instituto de Artes da UNESP de São Paulo e Mestre em
história pela PUC de São Paulo. É autora de 11 livros, entre eles Abre as
portas para os Santos Reis da Editora Fundação Pró-Memória, Animais nas
Batalhas pela editora Matrix e Os benzedores que benzem com as mãos da editora
UCG.
(ESSE
TEXTO NÃO PODE SER COPIADO SEM OS DEVIDOS CRÉDITOS DE AUTORIA, CONFORME
A LEGISLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS LEI 9610, de 19 de fevereiro de 1998,
"Dos Direitos Morais do Autor", Artigo 24, Inciso II. POR FAVOR, NÃO COPIEM, COMPARTILHEM O LINK. OBRIGADA)
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